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Notícias Nov/Dez – 2022 – nº 231

Setor empresarial dá indícios de estar mais confiante ao longo do terceiro trimestre

Ambiente macroeconômico como um todo ainda é de incertezas.

No final de novembro saiu a segunda edição do “Ponto a Ponto”, boletim elaborado trimestralmente pela equipe de especialistas da área econômica da FecomercioSP, com base em pesquisas desenvolvidas e divulgadas mensalmente pela entidade.

O setor empresarial dá indícios de estar mais confiante ao longo do terceiro trimestre, mas o ambiente macroeconômico como um todo ainda é de incertezas. Este e outros pontos, como a situação financeira das famílias e a queda de preços na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) no mesmo período são analisadas no boletim, que busca auxiliar as empresas nas vendas para este final de ano.

As análises do Ponto a Ponto são úteis especialmente para avaliar como a empresa e o setor estão diante de choques nos cenários nacional e internacional. Leia agora os resultados desta análise que afetam a vida e os negócios dos empreendedores:

PERCEPÇÕES EMPRESARIAIS

Apesar das incertezas na economia, o desempenho dos indicadores que compõem a confiança dos empresários do comércio foi melhor do que o previsto no trimestre anterior.

A recuperação da economia observada ao longo dos últimos meses foi impulsionada pela recuperação do emprego, pela liquidez dos recursos advindos da antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas e pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Entretanto, apesar da melhora, o ambiente macroeconômico como um todo ainda é de incertezas, justamente no momento em que o empresariado monta as estratégias de estoques para as vendas de fim de ano.

O alto endividamento das famílias e a taxa de juros elevada atrapalham os investimentos, o que eleva o quadro de preocupação das empresas quanto aos negócios.

CONDIÇÃO DO CONSUMIDOR

O volume de famílias com contas em atraso aumentou em comparação ao segundo trimestre deste ano. Os juros altos também mostram ser um problema dado o aumento da taxa básica para quase 14%. O endividamento e comprometimento com parcelas de compras e crédito subiram, indicando certa “fadiga” na renda das famílias, que precisam complementar o consumo por meio do crédito. Já o índice do consumidor com inadimplência manteve tecnicamente estável. Houve também uma troca gradual momentânea do crédito exclusivo de consumo para o crédito utilizado para pagamento de contas, trazendo aumento dos endividados no crédito pessoal.

Anote três dicas para você lidar com as incertezas:

  1. Administre os fluxos de caixa;
  2. Foque no aumento da produtividade e redução de custos e despesas;
  3. Estimule vendas com ações estratégicas.

A FecomercioSP sugere também que as empresas busquem captar a parcela dos gastos que será destinada ao consumo no fim do ano. Para isso, ofereça formas mais vantajosas de pagamento, como:

  1. Parcelamento maior até um limite que não cobre juros;
  2. Modalidade PIX e descontos, assim, as duas partes saem
    ganhando.

CUSTO DE VIDA

A queda no valor dos combustíveis pressionou para baixo os preços na região metropolitana de São Paulo, ocorrendo uma desaceleração no índice geral caindo de 2,8% no primeiro trimestre para -0,58% no terceiro trimestre.

As categorias de serviços que estão em alta são as de Alimentos e Bebidas, Vestuário, Habitação, Despesas Pessoais, Saúde e Educação. Já os preços em queda seguiram para Transportes, Comunicação e Artigos Para o Lar.

A tendência está favorável para os consumidores e empresários. O esfriamento dos preços, a redução no custo de vida em São Paulo e o trabalho mais aquecido contribuem diretamente para o aumento na renda para recompor o poder de compra da população.

O QUE FAZER NESTE CENÁRIO?

Tome algumas atitudes. Redução de preços significa menos repasse aos consumidores e abre espaço para a competitividade. A abertura para mais negociações com fornecedores favorece a busca de melhores condições.

Fonte: Boletim Trimestral Ponto a Ponto da FecomercioSP.