Palestra evidenciou as emendas do sistema e os motivos que impedem sua implantação imediata.
No dia 29 de agosto, dois dias antes da publicação do novo cronograma do eSocial no Diário Oficial da União (DOU), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) realizou mais uma sessão plenária sobre o tema.
O evento contou com a participação de Luiz Carlos Bohn, presidente da FecomercioRS, e Paulo Delgado, palestrante, ex-deputado federal e atual presidente do Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP. O presidente do Sindilav, José Carlos Larocca, também esteve presente para assistir à palestra e contribuir com o debate.
Paulo Delgado apresentou argumentos e falou sobre os possíveis problemas que poderão ser causados às empresas após a implantação do eSocial, caso seja feita com o sistema em seu modelo atual. Segundo ele, o eSocial está “cheio de erros e emendas”. Por esses motivos, Paulo defendeu incisivamente o adiamento da implantação do sistema o que, de fato, ocorreu no dia 31 de agosto, dois dias depois de sua palestra.
José Carlos Larocca aproveitou o debate pós-palestra para dar sua contribuição. O presidente do Sindilav ressaltou que os empresários do segmento de lavanderias “estão preocupados, pois o projeto de governo está refletido no desemprego e na crise, não sendo possível aceitar o eSocial cheio de remendos. Pelo contrário, é necessário que se recomece, ouvindo a população e a sociedade”.
Agora, a implantação do eSocial, antes prevista para o mês de setembro de 2016, tem um novo prazo: janeiro de 2018; para empresas que faturam mais de 78 milhões, e julho de 2018; para as demais empresas e contribuintes.
O sistema, que pretende unificar o envio de informações dos empregados entre empregador e governo, foi instituído em dezembro de 2014 para padronizar a transmissão, validação, armazenamento e distribuição de dados inerentes às obrigações trabalhistas e previdenciárias dos funcionários.