Diversas lavanderias de São Paulo poderiam utilizar a água de reúso fornecida pela Sabesp e assim contribuir para a economia de recursos hídricos e conservação do meio ambiente. Porém, esbarram na dificuldade do alto custo cobrado pelo esgoto. Isso porque o metro cúbico da água de reúso custa R$ 0,36, mas a Sabesp cobra mais R$ 7,00 por metro cúbico, sob a forma de taxa de esgoto. Desta forma, uma lavanderia que consome mil metros cúbicos por mês tem de pagar R$ 7 mil só de esgoto.
O consumo da água de reúso – proveniente do esgoto que é tratado por processos físicos, químicos e biológicos – é restrito à indústria e a algumas atividades comerciais e de prestação de serviços, como é o caso das lavanderias hospitalares, hoteleiras, industriais, de confecções, de tapetes etc.
Cerca de 30% das lavanderias industriais já utilizam a água de reúso, tratada em suas próprias estações de tratamento e efluentes.
O Sindilav está lutando pela redução do valor da taxa de esgoto, através de negociações com a Sabesp, que poderia instalar um medidor exclusivo para água de reúso e cobrar um valor mais baixo. O sindicato sugere o valor de R$ 1,40 por m3 para água canalizada e R$ 0,70 por m3 para caminhão pipa, já contando o valor do esgoto. Só assim poderia ser viabilizada a utilização desse recurso.
A intenção do Sindilav é promover o uso racional da água, criando um programa específico e duradouro, que solucione a questão a longo prazo. O convênio com a Sabesp é negociado pelo Sindilav, e cada lavanderia firmará contrato com a companhia de saneamento, conforme suas necessidades.