A economia brasileira experimentou, em 2007, um ciclo mais longo de crescimento em mais de duas décadas, ocasião em que ocorriam pequenos movimentos de crescimento seguido de períodos de resultados ruins. Embora o país ainda tenha sérias reformas a fazer, basicamente o que se espera é uma reforma fiscal, limitando os gastos públicos, atenuando a carga tributária e resolvendo os problemas previdenciários.
O segmento de lavanderias também foi atingido por esse ciclo e seguiu aquecido até outubro, quando os resultados mostraram o melhor movimento do ano, performance verificada quando comparada a resultados dos últimos anos. O que tem sustentado esse ciclo é o elevado nível de confiança da população e sua percepção otimista sobre as condições presentes, sentindo na prática um quadro de estabilidade.
A questão relevante para 2008 é se o segmento está preparado para crescer, sem encontrar alguns gargalos de infraestrutura e produção. Estamos preparados para uma maior movimentação ?
Um segmento cresce sem problemas de percurso quando as bases para esse crescimento foram implementadas antecipadamente.
As lavanderias vêm de longo tempo administrando um percentual de capacidade ociosa e sem recursos para investir.
Para 2008, quando as expectativas indicam que os serviços manterão a trajetória do ano passado, com crescimento entre 4% e 4,5%, o segmento vai ter de enfrentar esse problema e solucioná-lo, o que não é fácil, se quiser se firmar como candidato ao bloco dos desenvolvidos.
Mas o quadro se mostra bastante positivo, com o país definitivamente na rota dos investimentos internacionais com a tendência de um crescimento de forma sustentada.
O cenário também é positivo em termos de confiança do consumidor, o que deve contribuir para dar continuidade ao bom desempenho do segmento.
Isso é o que eu espero para a categoria que presido.
José Carlos Larocca
Presidente do SINDILAV