O setor de lavanderias registra um índice elevado de rotatividade de sua mão-de-obra, mesmo porque alguns segmentos têm a demanda afetada pela sazonalidade. Qual seria o índice ideal de turn over para a empresa?
As decisões devem ser tomadas em função do custo da rotatividade, que é a soma dos custos de demissão, contratação, treinamento e também da produtividade perdida ao longo do processo. Isto porque um funcionário que está de saída diminui sua produtividade, a equipe sofre os efeitos do desligamento e o novo ocupante terá um período de adaptação pouco produtivo. Quanto mais qualificado o funcionário, maior é o custo.
Desta forma, o cálculo varia muito, de acordo com a empresa, o cargo e o funcionário.
Geralmente os empresários se orgulham de ter rotatividade perto de zero durante longos períodos. Mas essa política pode esconder o fato de que ele está mantendo funcionários pouco produtivos ou acomodados, o que não é uma boa prática gerencial.
O adequado seria fazer contratações corretas e reter os funcionários mais talentosos e afinados com as metas da empresa, já que a demissão custa caro. Mas uma certa rotatividade pode propiciar uma oxigenação da equipe. Afinal, deixar de substituir aqueles que colaboram menos é o mesmo que premiar a ineficiência.
Entretanto, despedir funcionários para contratar outros para as mesmas vagas pela única razão de pagar salários mais baixos, sem aquilatar a perda de qualidade que pode representar essa troca para a empresa, é uma atitude desencorajadora para os funcionários mais produtivos e adaptados. O correto é não agir por impulso e nem se basear apenas em números. Quem já não ouviu dizer que o barato sai caro? Em mão-de-obra também é assim.