Visconde de Cayru abriu os portos ao comércio
No dia 16 de julho comemorou-se em todo o Brasil o Dia do Comerciante, instituído pela lei federal 2048/53. A data foi escolhida por ser o aniversário de nascimento de José da Silva Lisboa – Visconde de Cayru, responsável pela abertura dos portos brasileiros ao comércio mundial, em 1808.
O processo de abertura dos portos brasileiros foi fundamental para o desenvolvimento e sustentabilidade do comércio em nosso país, atividade essencial e imprescindível na formação e crescimento de todas as nações.
Ainda que a citada abertura, há 200 anos, tenha sido um ponto muito importante para o país, nossos empresários, em especial do setor do comércio de bens, serviços e turismo, aguardam ansiosamente que tal abertura, na prática, se revele como um verdadeiro instrumento de progresso, e não como empecilho para a realização de negócios.
O comércio está presente nos vertiginosos processos de transformação tecnológica, ambiental, cultural, econômica e social. Mobiliza uma quantidade cada vez maior de recursos humanos e materiais. Expressa as aspirações de consumo e de qualidade de vida das populações da cidade e do campo. Representa a diversidade cultural diante da tentativa de se impor padrões únicos de comportamento e de consumo. É cada vez mais agilidade, eficiência e prestação de serviços.
Incorporando o progresso científico e tecnológico, o comércio continua a cumprir as mesmas tarefas que caracterizam o comerciante, desde o tempo das caravanas e das caravelas até às vendas eletrônicas pela internet: agradar ao consumidor e chegar aonde ele está, favorecendo o intercàmbio entre os homens e a paz entre as nações.
Pequenos empreendedores em um mundo de gigantes, a maioria dos comerciantes brasileiros enfrenta dificuldades estruturais e circunstanciais. Nosso segmento é o mais atomizado, democratizado e dinàmico da economia. É também o mais permeável à mobilidade social e o mais refratário à ditadura dos monopólios e cartéis. Talvez, por isso mesmo, careça tanto de políticas direcionadas para atender aos seus anseios e de leis que protejam os seus direitos, como a defesa da justa concorrência diante da pressão dos grandes conglomerados.
Além disso, o setor também esbarra em questões burocráticas provenientes de instituições estatais, sem falar na alta carga tributária que prejudica o incremento dos negócios.
Nesse sentido, a FECOMERCIO e seus filiados, entre eles o SINDILAV, sempre têm lutado na tentativa de superar as ques"“tões levantadas, com o objetivo de criar um ambiente propício ao desenvolvimento sustentável dos negócios e da nação, inserindo o empresário/comerciante na vanguarda do setor do comércio de bens, serviços e turismo.