Sindilav

Set/Out - 2008 - nº 146

Usando percloroetileno de forma segura

Assim como outros produtos químicos, o percloroetileno não causa riscos à saúde se utilizado de forma segura, esclareceu Marco Antonio de Oliveira, especialista em saúde e segurança ocupacional, da empresa Asserel, que realizou uma palestra para associados e contribuintes do SINDILAV em 11 de setembro.

O capítulo V da CLT trata de Saúde e Segurança do Trabalho. Lá se encontram 33 normas regulamentadoras. A norma regulamentadora n.15 aborda produtos químicos. Todo produto químico oferece riscos, mas estes podem ser reduzidos ou até eliminados com uso de máscaras, óculos, ventilação e outros recursos. Então, cabe ao empresário oferecer os recursos, obrigar o uso de equipamentos de proteção individual, explicar como devem ser utilizados e provar por escrito que realizou todos os procedimentos necessários.

"Depois que os procedimentos viram rotina na empresa, tudo fica mais fácil", diz Marco Antonio.

Ele também explicou que, de acordo com a Resolução 161 da ANVISA, o limite de tolerância de percloroetileno no ambiente de trabalho é de 78 ppm. Em lavanderias que possuem máquinas fechadas no Brasil, funcionando perfeitamente, as medições têm registrado índices de 8 a 9 ppm. Isto porque se o equipamento de lavagem a seco possuir sistema de absorção, quase todo o vapor é absorvido antes da abertura da máquina para a retirada da roupa lavada,reduzindo a exposição.

Além desse controle do ar, há o controle biológico dos empregados, realizado através de exames de urina periódicos.

Um outro tipo de controle é feito através de botons grudados nas roupas dos funcionários, que são submetidos a análises em laboratórios a cada seis meses.

Importante também é a lavanderia se preocupar com a destinação
de resíduos. Algumas empresas que fornecem o percloroetileno já fazem a coleta da borra resultante. Além disso, no mercado existem companhias especializadas para coletar os resíduos e destiná-los à incineração. Nunca se deve jogar os resíduos no esgoto, por menor que seja a quantidade.

Todas essas medidas devem ter comprovantes para apresentação à fiscalização.

Por fim, Marco Antonio de Oliveira ressaltou que as leis responsabilizam o empresário por tudo o que acontecer com a empresa. Portanto, ter uma política de qualidade, que logicamente inclua cuidados com o meio ambiente e com a saúde dos trabalhadores só pode gerar redução de riscos, boa imagem e lucros.