Sindilav

Mar/Abr - 2021 - nº 221

Micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos em 2021

Só em fevereiro, os pequenos negócios foram responsáveis por quase 70% dos empregos gerados.

Pelo oitavo mês consecutivo, as micro e pequenas empresas seguem com grande destaque na geração de empregos no país. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae — com base nos dados do Caged, do Ministério da Economia —, os pequenos negócios foram responsáveis por 68,5% dos empregos criados no Brasil, em fevereiro de 2021. Isso corresponde a pouco mais de 275 mil vagas, um número muito maior (mais que o dobro, para ser mais exato) do que os 101,8 mil postos de trabalho gerados pelas médias e grandes empresas.

Se pegarmos o acumulado de janeiro e fevereiro, são aproximadamente 611 mil empregos criados no país. Desse total, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas; já os empreendimentos de médio e grande porte, tiveram 134,1 mil novas vagas criadas.

Outro dado interessante é que, apesar da pandemia e seus desdobramentos, esses números são superiores aos de 2020, quando foram criadas 301,9 mil novas vagas de trabalho, representando um aumento de mais de 102%. Nesse cenário, as micro e pequenas empresas aumentaram a sua participação em 199.563 novas contratações, contra 109.413 das médias e grandes organizações.

Esses números mostram a força das MPEs, que, mesmo com os fortes efeitos da pandemia, estão conseguindo se manter e até mesmo contratar. Além disso, os dados servem também para reforçar que os pequenos negócios são essenciais para a retomada da economia, e que, por isso, políticas públicas devem ser implantadas para dar o suporte que esse segmento necessita.

SETORES QUE MAIS GERARAM EMPREGOS

Com relação aos setores das micro e pequenas empresas que mais criaram postos de trabalho, o segmento de serviços é o grande protagonista, com 107.980 vagas geradas. Em seguida, aparecem o comércio, com 65.084 vagas e indústria de transformação, com 63.963 novos postos.

Já nas médias e grandes empresas, há um impacto maior da pandemia com relação ao comércio. Esse setor segue perdendo empregos, com um saldo negativo de -24.626 (considerando o primeiro bimestre deste ano).

Fonte: https://bit.ly/3gH5GOm