Editorial
Quando um empresário monta o seu negócio legalmente e procura cumprir as exigências fiscais, trabalhistas e de respeito ao meio ambiente, tem que se submeter a um quase infinito número de leis, portarias, NRs, instruções normativas e re-soluções do poder público.
A partir do momento em que ele abre as portas de seu estabelecimento, se torna refém de todo tipo de fiscalização e, por mais organizado e atento que seja, sempre faltará algum item que a fiscalização vai exigir e que não está sendo cumprido, às vezes até por desconhecimento ou má informação profissional recebida, o que ocasionará um auto de infração.
Enquanto isso, vemos surgir empresas de fundo de quintal que, em função do número excessivo de exigências e para me-lhor absorver custos, resolvem se tornar “fantasmas”, ou seja, trabalham na clandestinidade, sem cumprir suas obrigações legais e sociais.
Pior, esse tipo de empresa não incentiva o trabalho formal, não cria empregos e não recolhe impostos, prejudicando os traba-lhadores, o Estado e seus concorrentes legalmente estabelecidos.
Segundo recente pesquisa de popularidade do novo governo, 44,9% da população anseia por profundas mudanças na legislação trabalhista, superando outras como previdência (11,2%) e tributária (10,3%).
E esse compromisso foi assumido publicamente pelo próprio Presidente da República, inegável líder da história sindical atual.
Portanto, o que nós, empresários do setor de lavanderias, esperamos desse novo governo é que sejam abrandadas as excessivas exigências, principalmente trabalhistas e tributárias, para o funcionamento legal de uma empresa, além da intensificação da fiscalização das empresas clandestinas que fazem concorrência predatória e desleal.
Por esse motivo, o Sindilav tem insistido em sensibilizar os legisladores sobre a grandeza desse assunto e a premência de sua solução.
José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav