Sindilav

Mai/Jun - 2014 - nº 180

Editorial – 2014: um ano nada promissor

Editorial

Apesar de decorridos apenas quatro meses de 2014, já se nota que o ano tende a apresentar péssimos indicadores, pois a economia está com o freio de mão puxado.

Os últimos dados revelados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apontam que o crédito para os moradores da cidade de São Paulo caiu 34,6% no mês de março, em relação a fevereiro do mesmo ano. Esse foi o menor patamar de toda a série histórica iniciada em junho de 2012. Quando comparado com o mês de março de 2013,
a queda foi de 21,6%.

Para piorar o quadro macroeconômico, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s rebaixou a classificação das notas do Brasil, bem como de várias empresas brasileiras, incluindo as ligadas ao setor financeiro.

O país está com a política de ‘crescer pelo consumo’ esgotada, e para que haja investimentos na produção
o governo tem que passar confiança aos empresários.

Mais uma vez os números da economia nacional não impressionam positivamente. O país precisa de investimento produtivo que conduza ao crescimento sustentável da economia.

No Brasil o investimento está travado porque os empresários se sentem inseguros para tomar decisões em um ambiente econômico deteriorado.

O quadro tende a piorar com a Copa do Mundo de futebol, onde vários setores ficarão paralisados por até trinta dias. E, depois, também teremos eleições em outubro.

O setor de lavanderias, em especial vem sofrendo com a queda da atividade econômica. Conforme noticiado no Jornal ‘O Estado de São Paulo’, para reduzir custos, até os restaurantes estão tirando as toalhas das mesas, contribuindo assim para a diminuição da atividade das lavanderias.

O governo precisa acordar e promover alterações no sentido de alavancar a atividade econômica.

José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav