Sindilav

Mai/Jun - 2013 - nº 174

Editorial 2013 – Lavanderias e inflação

Editorial

O mercado reduziu, pela quarta vez seguida, a previsão de crescimento anual da economia do país. Desta vez, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a estimativa ficou em 2,53%. A estimativa anterior era de 2,7%.

O cenário é preocupante e a escalada da inflação tem trazido três graves problemas administrativos para os proprietários de lavanderias, ente eles:

1. O aumento de preço dos insumos – que afeta a lucratividade, pois influencia diretamente no preço das matérias primas. Alguns itens já atingiram valores superiores aos dos índices oficiais. Além disso, o valor do aluguel sofrerá correção, para os contratos com vencimento em maio deste ano, pelo índice de 6,46%, fixado pelo IGP-M.

2. A diminuição do movimento nas lavanderias – que occore em função da inflação, que reduziu o poder de compra da população, corroendo suas finanças pessoais – além do alto grau de endividamento das classes “b” e “c”. Além disso, a confiança da população em relação à economia continua em baixa, o que trava a demanda.

3. O que fazer com a mão de obra ociosa? A demissão nos dias atuais provoca uma grande sangria nos cofres da empresa, em função dos vários benefícios concedidos pelas leis trabalhistas. Embora os índices sinalizem a desaceleração da contratação de mão de obra nos próximos meses, o empresário mantém a esperança de que o mercado vai melhorar a curto prazo mas, vê a dificuldade em contratar bons funcionários.

Esses três problemas estão impactando o funcionamento das lavanderias e tirando o sono dos empresários.

Cabe ao governo acionar políticas e programas de apoio e estímulo à economia. Caso contrário, o segmento de lavanderias terá que adotar medidas amargas.

José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav