Dezenas de razões para readequá-la
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) completou 70 anos em abril. No entanto, em todo esse tempo, nenhuma alteração ou adaptação foi feita para adequar às normas a realidade das relações trabalhistas atuais.
Um evento realizado na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FecomercioSP), em 27 de abril, foi palco para debate desses aspectos. O Sindilav, é claro, estava lá, representado pelo seu vice-presidente Edson Di Nardi e pelo seu gerente executivo, Marco Antonio Pires Fernandes.
Entre os presentes estavam também diversas lideranças sindicais, representantes de classes, advogados trabalhistas e empresários dos quais destacamos Alexandre Furlan, presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria, que falou sobre legislação e produtividade.
Na oportunidade, Sylvia Lorena, gerente executiva de relações do trabalho da Confederação Nacional da Indústria, apresentou o trabalho denominado “101 Propostas para a Modernização da CLT”. Sylvia afirma que a proposta não pretende destituir os direitos já conquistados pelos trabalhadores, mas sim adequá-los às novas formas de trabalho, que foram surgindo ao longo de todos esses anos, para criar um ambiente favorável às negociações. “A desatualização da CLT só fomenta o conflito judicial”, afirmou.
A palestra intitulada “Um Balanço da CLT – 1943-2013”, ministrada pelo professor José Pastore – presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – provocou grande empolgação aos presentes, devido à profundidade e riqueza de informações apresentadas sobre o tema proposto.
O evento trouxe diversos pontos para reflexão e elucidou alguns caminhos que devem ser trilhados para a busca da modernização da CLT, mesmo que gradual. Ficou claro que o país precisa ser preparado para os próximos desafios econômicos que o futuro lhe reserva.