Sindilav

Jul/Ago - 2012 - nº 169

Sem estresse

O estresse não é algo tão negativo quanto parece, sabia? Sua origem está na reação instintiva do nosso organismo quando, ao se deparar com uma situação ameaçadora, dispara ‘um alarme’ para que possamos lutar ou fugir.

Nossos ancestrais, por exemplo, sentiam o estresse à flor da pele quando buscavam a caça ou quando precisavam correr dela. Os lutadores de UFC também se sentem estressados antes da luta. Mas isso funciona como um estímulo para que eles descarreguem toda essa energia acumulada em seus adversários, durante o combate. Uma espécie de motivação.

O problema é que os tempos mudaram e nós não podemos caçar nossos colegas de trabalho e chefes. Muito menos resolver nossos problemas familiares com socos e chaves de braço.

O estresse geralmente aparece em momentos que exigem de nós grande controle emocional. Quando ele chega, chega também o aviso da consciência de que é preciso administrar os sentimentos e conter as emoções. Não podemos sair por aí brigando, gritando e discutindo com todos só porque estamos estressados. Mas se nada for feito, o estresse vai chegar e ficar até… explodir!

Como funciona?

Diante do perigo:
O ‘alarme’ para lutar ou fugir soa dentro do nosso organismo.

Em sete segundos:
Aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos e respiração acelerada.

Se for medo:
O sangue é bombeado para o centro do organismo e as extremidades (pés e mãos) ficam frias.

Se for raiva:
Acontece o efeito contrário. As extremidades esquentam, pois instintivamente precisamos partir para o combate.

Em todos os casos:
A sensação de fome desaparece e a produção de glóbulos brancos diminui.

Você saberá que está estressado quando sentir constantes dores nas costas e não entender porque aquele resfriado sempre vai e volta. Ou então quando perceber que tem baixa imunidade, grande alteração de peso e sentir seus ombros sempre pesados. Fique atento aos sinais que o corpo dá e previna-se.

O que fazer para evitar/combater o estresse?

Alongue-se:
Siga o exemplo do seu cachorrinho ou do seu felino. Pode ter certeza que eles não ficam se alongando diariamente por mero acaso.

Relaxe:
Ouça música, vá ao cinema, tome um banho de banheira.  Faça coisas que te façam sentir bem.

Exercícios físicos:
Caminhe, corra, pedale. Queime calorias e leve com elas o seu estresse.

Entre em contato com a natureza:
Às vezes é preciso ver mais que paredes, concretos e carros em sua volta.

Tenha bons hábitos:
Cuide da alimentação, valorize suas horas de sono, não abuse de medicamentos, álcool e cigarros.

Abra a cabeça:
Aceite que as mudanças podem ser benéficas.  Tente se adaptar e criar habilidades pessoais para não sofrer com coisas simples do cotidiano.

Respeite:
Imponha seus limites e respeite os limites das pessoas que convivem com você. Busque o equilíbrio em suas relações.

Canalize suas emoções:
Aprenda a expressar seus sentimentos de maneira natural e tranquila. Nada de elevar o tom de voz ou baixar o nível. Contenha-se.

Seja realista:
Planeje suas atividades de acordo com o tempo que você tem para exercê-las. Se você não fizer isso, não conseguirá cumprir o que planejou. Simples assim.

Não sofra por antecipação:
Ansiedade não faz bem. Se tiver muita dificuldade em conseguir se controlar, procure ajuda de um profissional.

Tenha senso de humor:
Seja otimista, mas não extrapole o bom senso. Saiba separar momentos de descontração e momentos de seriedade. Seja sempre profissional e não faça piadas que ofendam o seu próximo.

Tente seguir essas dicas no seu dia a dia e seja mais feliz.

Andréa Araújo, psicóloga
Publicado originalmente no Boletim do SAESP – Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo