De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o volume de vendas do comércio varejista teve o menor crescimento em oito anos. No 1º semestre de 2005 cresceu 9,2%, e no mesmo período de 2013 apresentou somente 3%
de crescimento.
A diminuição nas vendas do comércio dá evidentes sinais de que a demanda perde força, indicando um desaquecimento da economia com uma atividade mais fraca.
Como a economia vinha sendo, em grande parte, sustentada pela demanda doméstica, o fato nos deixa bastante apreensivos e traz grande preocupação para
o segmento que presidimos, pois acaba refletindo no movimento das lavanderias, que oscila bastante em função do poder aquisitivo da população.
Outra grande preocupação é que uma desaceleração da economia, combinada com inflação, pode trazer estagflação – que é a combinação de inflação e desemprego, gerando a pior das crises. O termo “estagflação” foi criado pelo choque do petróleo, quando boa parte do mundo entrou em recessão. Na ocasião, o Brasil foi bastante afetado por não ter boa estrutura econômica e possuir alta inflação.
Apesar da atual situação econômica do Brasil ser mais sólida, o governo não consegue ganhar a confiança dos investidores, devido às recentes alterações na política fiscal e bastante insegurança jurídica.
Podemos dizer que já temos um início de estagflação, pois a inflação começa a corroer o poder de compra da população, e o governo demorou muito tempo para elevar os juros, o que pode não ter sido suficiente para derrubar a inflação.
As lavanderias de vários segmentos já começaram a sentir os efeitos no seu dia a dia. Torcemos para que
o quadro se altere rapidamente, para podermos trabalhar com mais tranquilidade.
José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav