Editorial
Para o setor de lavanderias, manter em 2005 os níveis estatísticos
para o primeiro semestre, quando comparado ao mesmo período do ano anterior,
já é uma vitória, se considerarmos a alta carga tributária
praticada no país atualmente.
Além da carga tributária, os juros também preocupam, embora
a situação não tenha sido agravada, tendo em vista a recente
decisão do Banco Central de manter estável a taxa de juros.
Outros agravantes são o cenário político que o país
vivencia e a falta de recursos, pois quanto menos dinheiro o consumidor tem
no bolso mais ele deixa de lado o consumo que não é considerado
essencial, como os serviços de lavanderia, trazendo para o empresário
a incerteza da demanda.
No entanto, segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC),
da Federação do Comércio do Estado de São Paulo,
divulgado em julho e referente ao mês anterior, o consumidor não
perdeu a confiança na condução da política econômica,
havendo nítida separação entre o cenário político
e o quadro econômico. Depois de uma seqüência de quatro meses
de queda, houve ligeira melhora, resultado considerado otimista, de acordo com
a assessoria econômica da entidade.
O setor de lavanderias espera, para os próximos cinco anos, significativo
aumento na oferta de serviços e razoável aumento no faturamento,
considerando que na população economicamente ativa existe uma
grande parcela que é cliente em potencial, mas utiliza os serviços
de lavanderia de maneira esporádica.
A previsão otimista leva também em consideração
outros fatores, como, por exemplo, o número de homens que passaram
a morar sozinhos e a maior presença de mulheres no mercado de trabalho.
Aliás, as mulheres, ainda segundo o ICC, estão mais preocupadas
que os homens com os possíveis efeitos que a crise política poderá
exercer sobre a economia.
Com certeza, nossas expectativas serão realizadas e o crescimento se
consolidará.
José Carlos Larocca
Presidente