Sindilav

Jan/Fev - 2019 - nº 208

Taxa de desemprego no Brasil deve cair em 2019 e 2020

Contudo, segundo a OIT, criação de postos de trabalho será lenta.

Mais uma boa notícia para a economia brasileira. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as taxas de desemprego no país cairão nos próximos dois anos (2019 e 2020).

O crescimento na geração de empregos está ligado à recuperação da economia, que vem dando plenos sinais de melhora. Segundo a OIT, no ano passado a expansão foi de apenas 0,7%; contudo, para 2019, as perspectivas da entidade são bem melhores, e espera-se que o crescimento atinja 2,4%.

A OIT divulgou os dados em seu informe anual. Segundo a agência, a taxa de desemprego no Brasil, ao final de 2018, foi de 12,5%. Em 2019, o índice deve cair, chegando em 12,2%; já em 2020, essa queda seria ainda maior, chegando a 11,7%.

Em números absolutos, os desempregados no país passarão de 13,5 milhões de pessoas em 2017 para 13,3 milhões ao final de 2018. Em 2019, o total será de 13,1 milhões; e, em 2020, o número cairá ainda mais, com 12,7 milhões de desempregados no Brasil.

Sem dúvida alguma, trata-se de uma ótima notícia. No entanto, é preciso muita cautela no momento, uma vez que a criação de novos empregos no país deve seguir um ritmo lento. Exatamente por isso, um retorno às taxas praticadas no Brasil antes da recessão pode (e deve) demorar anos.

Só para se ter uma ideia, a taxa de desemprego no Brasil antes de 2014 era de 7%. O departamento de pesquisa da OIT estima que um retorno a índices como esse não deve ocorrer no curto prazo. A taxa de desemprego em nosso país é mais de duas vezes superior à média mundial, que é de aproximadamente 5% em 2019.

ÍNDICES DO G-20
Apesar das perspectivas de queda nas taxas de desemprego, os índices brasileiros continuam entre os mais elevados do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo). Para efeito de comparação, acompanhe as taxas, em 2019, de alguns países do grupo:

• México: 3,4%;
• Estados Unidos: 3,9%;
• Canadá: 6,1%;
• Japão: 2,4%;
• Coreia: 3,7%;
• Austrália: 5,3%;
• Indonésia: 4,4%;
• Alemanha: 3,2%;
• Reino Unido: 3,8%;
• Rússia: 4,5%

Repare que quase todos os países citados possuem taxas menores que a média mundial (5%). Além desses, temos ainda França, Itália e Turquia, com índices de desemprego bem maiores – variando entre 9% e 11%.Contudo, esses países ainda possuem taxas abaixo da média brasileira dos últimos anos.

De forma geral, a Organização Internacional do Trabalho estima que, ao final do ano passado, mais de 172 milhões de pessoas estavam desempregadas, o que equivale a uma taxa de 5%. Para 2019 e 2020, a previsão é que esse índice global permaneça inalterado.

Fonte: goo.gl/xto4pK

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