Estamos acompanhando com grande preocupação a evolução do caos econômico que se alastra por todos os países. A subida do valor do dólar e a conseqüente desvalorização no mercado de ações revelam toda a preocupação dos agentes econômicos. Felizmente, o Brasil, apesar de não estar imune à crise, encontra-se em uma posição econômica confortável. Como sempre vivemos em constante
crise e já convivemos com diversos planos econômicos, os bancos brasileiros estabeleceram garantias para a concessão de crédito, o que permite uma certa tranqüilidade, exatamente o oposto do que ocorreu nos Estados Unidos, que com o sub-prime, que é o empréstimo para empresas ou pessoas físicas que não tinham uma comprovada capacidade financeira, provocou a crise por falta de
pagamento das hipotecas.
Com relação às lavanderias, são poucas as empresas que estão com dívidas contraídas em dólar, devido à importação de alguma máquina. A grande preocupação é com o preço dos insumos, pois muitos estão atrelados ao dólar e já estão sendo majorados. Temos também que levar em conta a reposição salarial dos trabalhadores, que incide diretamente na folha de pagamento, a partir de 1º de novembro, data-base da categoria profissional, e que vai impactar ainda mais os custos dos serviços.
É certo que poderemos sentir uma crise de demanda, e torcemos que não seja de grande intensidade. Nossa recomendação ao empresário de lavanderia é no sentido de que administre seu caixa com muita atenção e cuidado, para não ser pego desprevenido.
A duração da crise ainda é uma incógnita. Esperamos que seja bem curta e que Deus continue sendo brasileiro.
José Carlos Larocca
Presidente do SINDILAV