Nossa preocupação constante está agora mais intensa.
Faz muito tempo que o Sindilav vem alertando para a possível falta de água e incentivando os donos de lavanderias a adotarem práticas sustentáveis com reuso de água, para economizar
e contribuir na preservação do meio ambiente.
Nesse momento em que vivemos uma crise hídrica, uma das ações que podem ajudar na resolução do problema é reunir especialistas para debater soluções a curto, médio e longo prazo. Foi o que aconteceu no dia 9 de fevereiro, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na ocasião estiveram presentes José Carlos Larocca, presidente do Sindilav, o professor José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP e o secretário de Saneamento Básico e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Benedito Braga.
Em pauta estavam as metodologias disponíveis para a redução do consumo de água urbano, industrial e agrícola. Para obras de urgência, foram citados os reforços dos sistemas Alto Tietê/Rio Claro e Guarapiranga/Billings.
As obras de longo prazo, segundo o secretário, serão baseadas no aumento da segurança hídrica, na gestão da demanda e no controle de perdas e reuso da água.
José Carlos Larocca contribuiu dizendo que o setor de lavanderias já se preocupa com a questão da água há muito tempo. Larocca lembrou ainda que os hospitais terceirizam 95% da lavagem de enxoval, representando aproximadamente 350 toneladas por dia. O presidente do Sindilav também reforçou a economia que os consumidores fazem quando levam suas roupas para as lavanderias.
Para finalizar, Larocca lembrou a questão da multa para quem utiliza mais os recursos ao longo do dia. Multa que pode penalizar os empresários de lavanderias devido ao aumento da demanda, em consequência da própria crise.
Em resposta, o secretário salientou que esse assunto ainda está sendo debatido e pode ser repensado antes que se tome uma decisão definitiva.