O segmento de lavanderias não tem muito a comemorar com relação ao ano de 2014. Tivemos redução do faturamento da ordem de 5%, nas lavanderias domésticas, e de 10%, nas lavanderias industriais, em função da Copa do Mundo, das eleições presidenciais, inflação alta e baixo desempenho da economia.
Para 2015, esperamos que a falta de água resultante no baixo volume dos reservatórios traga de volta um número significativo de novos clientes, pois somente assim conseguiremos equilibrar receita e despesa – uma vez que também estamos sofrendo uma grande pressão nos custos, devido à alta dos preços nos produtos atrelados ao dólar. O segmento doméstico precisa da volta dos clientes. No segmento industrial, como a demanda atual é pequena, espera-se um aumento no movimento da atividade.
As recentes medidas adotadas pelo ministro da economia, aumentando a taxa SELIC, os juros no crédito ao consumidor, bem como a volta do CIDE (contribuição da gasolina) e alta no COFINS, deverão retirar dinheiro de circulação, trazendo preocupação para todos, pois precisamos da retomada e do crescimento econômico.
Com a inflação já beirando os 7%, e com a recessão econômica admitida pelo próprio ministro da Fazenda, podemos ter de enfrentar o que os economistas chamam de estagflação.
Vamos, portanto, torcer para que muita roupa seja lavada, pois roupa limpa com garantia é só na lavanderia. Sem esquecer, ainda, para que não falte água nem energia elétrica.
José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav