Empresa familiar, negócios à parte
Micro e pequenas empresas, no Brasil, geralmente são empresas familiares. São de propriedade e administradas pelos membros de uma mesma família. Sua operação costuma ocupar todo o tempo das pessoas, exigindo dedicação exclusiva. Também é normal que a renda delas venha exclusivamente da empresa familiar. Aí é que mora o perigo. Na pequena empresa, é comum confundir a necessidade familiar de renda com a possibilidade de remuneração a pessoas que nela trabalham: duas coisas complemente diferentes. O fato de a família se dedicar à operação da empresa não significa que a empresa conseguirá sustentar a família.
A empresa poderá apenas gerar recursos compatíveis com a natureza do negócio, ou com o investimento realizado. Isso porque uma empresa gera dois tipos de recursos para os proprietários:
1. Salários para os membros da família que forem empregados da empresa e pró-labore para os sócios que trabalharem nela.
2. Lucro a ser distribuído aos sócios, após apuração do resultado.
Pois bem, os salários nunca deverão, necessariamente, ser superiores àqueles que se pagaria aos empregados, não familiares, na mesma função. Além disso, a empresa não deve ser utilizada para empregar familiares em trabalhos desnecessários. Da mesma forma, o pró-labore é o pagamento que o dono ou o sócio recebe por trabalhar na empresa. Se esse não trabalhar não deverá recebê-lo. Para aquele que se dedicar à empresa, o valor do mesmo não deve ser superior ao que seria pago a um funcionário na mesma posição.
Os sócios não podem dizer que, pelo fato de se dedicarem todo tempo à empresa, essa tenha de suprir a renda desejada de cada um. Cada empresa e cada investimento têm um limite de geração de recursos. Mesmo não suprindo a necessidade de renda dos sócios pode ser ainda um bom negócio.
Dois erros são largamente cometidos. Primeiro, o de retirar da empresa o que se precisa, sendo mais do que ela pode contribuir. Segundo, montar um pequeno negócio e se acomodar nele. Afinal, pequeno empresário é somente uma expressão que, de fato, não existe. A empresa pode ser pequena, mas o empresário precisa pensar grande, ousar e ter mais do que um pequeno negócio. Crescer. Empreender sempre.
(Fonte: Antonio Carlos de Matos, Consultor "“ Sebrae "“ SP Antoniom@sebraesp.com.br)
Parceria com funcionários garante sucesso
Transformar trabalhadores em aliados é um fator decisivo para o sucesso das empresas. No caso das micro e pequenas, que em geral trabalham com equipes enxutas e que não contam com as grandes verbas de recursos humanos das empresas maiores, tal relação torna-se ainda mais decisiva.
A parceria empregador-empregado começa por uma seleção e contratação adequadas, passa pela capacitação e prossegue com a contínua motivação, explicam os especialistas.
De acordo com o consultor jurídico do Sebrae"“SP, Paulo Melchor, a correta contratação faz com que o funcionário se sinta respeitado e reconhecido. "É a primeira motivação que ele recebe. Atender a legislação é o mínimo que o empresário pode fazer", afirma.
O processo de contratação envolve uma pesquisa de salários no mercado e conhecimento da convenção coletiva (acordo firmado entre o sindicato patronal e o dos empregados). Além de fixar piso salarial e reajuste de salários, a convenção é responsável também por informações importante, como se a categoria exige ou não val”<
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