Editorial
As incertezas e apreensões durante o processo eleitoral brasileiro, concomitantemente com uma delicada conjuntura internacional, ocasionaram a alta expressiva do dólar, aumento dos índices inflacionários e elevação das taxas de juro. Um descontrole da inflação chegou a ser temido.
A turbulência interna passou, mas ainda é necessária uma certa dose de precaução. Afinal, nos últimos tempos os varejistas têm sido obrigados a absorver os aumentos de preços de seus fornecedores do setor público e privado, sem que possam repassá-los aos consumidores finais.
No setor de lavanderias não foi diferente. Os aumentos dos preços de gás, energia elétrica, óleo combustível, gasolina, produtos químicos, água e maquinário têm sido constantes e consistentes, principalmente aqueles atrelados ao dólar. Na outra ponta, a queda do poder aquisitivo do consumidor vem pressionando as lavanderias a não reajustar seus preços para não perder mercado.
Essa situação leva muitas empresas a enormes sacrifícios, chegando a reduzir perigosamente suas margens de lucro, até um ponto em que poderão não ter outro caminho senão encerrar suas atividades.
É, portanto, prioritário que as lavanderias revejam seus custos e analisem seus preços de venda para que não venham a ter dificuldades ainda maiores que as atuais.
José Carlos Larocca
Presidente do Sindilav