Sindilav

Nov/Dez - 2010 - nº 159

Aparência da loja convida o consumidor a entrar

Foi-se o tempo em que uma lavanderia, ou melhor, tinturaria, possuía uma aparência desorganizada, com roupas penduradas a partir do teto, pouca iluminação, pintura descascada das paredes, fiação aparente e um balcão que mais parecia uma barreira intransponível entre o dono e o cliente.

Nessa época, muitos empresários do setor ainda não haviam descoberto o marketing. Além disso, a atividade de lavar roupas era encarada por ele como um mero meio de sobrevivência da família, sem muitas pretensões de futuro.

Embora algumas empresas apresentassem, já na década de 70, conceitos mais modernos de gestão empresarial, a maioria subsistia naquele modelo antigo.

A chegada de franquias internacionais colaborou para que o panorama mudasse. Um novo lay-out da loja, adoção de cores claras nas paredes e no mobiliário, iluminação adequada, aspecto mais “clean” da recepção e das instalações foram introduzidos, com um apelo para que a população se interessasse mais pelos serviços, além de preços diferenciados, condizentes com a realidade da classe média brasileira.

As empresas nacionais já instaladas, para se tornarem competitivas no mercado, começaram a prestar mais atenção na aparência de suas lojas e promoveram mudanças.

Agora, pelo menos nos bairros de poder aquisitivo mais alto de São Paulo, é difícil encontrar uma lavanderia em que o consumidor tem dúvidas se vai entrar ou não, devido ao aspecto “desorganizado” da loja. Atualmente, em geral, o cliente encontra um ambiente convidativo para confiar suas roupas aos cuidados daquela lavanderia, que possui facilidades, como estacionamento próprio, e pessoas que o atendem com gentileza e simpatia.