Sindilav

Nov/Dez - 2002 - nº 111

“O Sindilav é a casa de todas as lavanderias”

José Carlos Larocca, 56 anos, é o atual presidente do Sindilav. Foi eleito em junho de 2001 e seu mandato vai até dezembro de 2004. Nesta edição, ele relata as realizações do sindicato, suas conquistas e os principais projetos para um futuro próximo.

Como presidente do Sindilav, quais as principais dificuldades que o sr. tem encontrado em sua gestão?
Quando assumimos a presidência do Sindilav, em 2001, seu sistema de cobrança era arcaico e possuía muitas deficiências, a listagem das lavanderias estava desatualizada e o quadro funcional necessitava de adequações à nossa filosofia de trabalho. Além disso, havia um certo desequilíbrio na representatividade, com predominância do segmento doméstico de lavanderia. Hoje, esses problemas estão corrigidos.

Até o momento, o que foi feito de importante durante sua gestão para os associados e contribuintes?
A primeira conquista foi a “liminar do apagão”, ou seja, entramos com uma ação na Justiça Federal para garantir às lavanderias sob nossa jurisdição que não houvesse corte de energia elétrica nos casos em que a cota estabelecida pelo governo fosse ultrapassada pelas empresas. Em segundo lugar, comparecemos às reuniões da Anvisa, em Brasília, para discutir a regulamentação do uso do percloroetileno e defendemos uma posição isenta de partidarismo. Assinamos uma convenção coletiva com o sindicato dos trabalhadores e a Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo para adequar calandras e centrífugas a normas de segurança, o que se mostrou útil para a saúde do trabalhador e como forma de economizar energia para as empresas. Firmamos um acordo com o Banco do Brasil e outro com a Nossa Caixa para viabilizar linhas de crédito vantajosas para o setor. Além disso, estamos administrando um acordo que regulamenta a higienização e manutenção de EPI – Equipamentos de Proteção Individual, com credenciamento de lavanderias desse segmento.

Como tem sido o relacionamento entre o Sindilav e o Sintralav (sindicato dos trabalhadores)?
Nosso relacionamento com o sindicato dos trabalhadores tem sido o mais cordial possível, não só em relação às negociações salariais, como também com referência a acordos sobre normas de saúde e segurança que beneficiam o empregado. Também em conjunto com o Sintralav foi implantada a Comissão de Conciliação Prévia do Setor de Lavanderias, que está funcionando desde 2001.

A comissão de conciliação prévia está funcionando como previsto?
Devido a abusos cometidos por comissões de outras categorias, o Ministério do Trabalho e Emprego teve que alterar alguns artigos da lei que regulamenta essa matéria. Entretanto, desde a sua instalação, a Comissão de Conciliação Prévia do Setor de Lavanderias vem respeitando a legislação. Como exemplo, os nossos conciliadores não recebem nenhum honorário da comissão e sim dos sindicatos para os quais trabalham. Os empregados atendidos na Comissão nada pagam para ser atendidos. As empresas pagam pequenas taxas para o custeio da comissão.

Como têm sido as campanhas com relação às Convenções Coletivas da categoria?
Têm sido difíceis, pois a pauta de reivindicação dos trabalhadores é muito extensa, e as lavanderias, em função de sua baixa rentabilidade, não têm como atender a todas as demandas.

 Os empresários de lavanderia têm ficado satisfeitos com os resultados em relação ao piso da categoria, reajustes salariais e benefícios?
Normalmente, nunca se conseguirá agradar a todos. Porém,
a diretoria do Sindilav e a sua comissão de negociação têm dado tudo de si para obter o melhor acordo para as empresas, no
sentido de conciliar as reivindicações dos trabalhadores com
a realidade econômica do setor. Infelizmente, ainda é baixo o comparecimento dos empresários nas Assembléias Gerais convocadas para essa finalidade. Mas, este ano, conseguimos um aumento de 100% na freqüência.

O sr. poderia explicar qual é a dinâmica dessas negociações?

Geralmente, um mês antes da data de reajuste da categoria (novembro), o Sintralav (sindicato dos empregados) envia para o Sindilav (sindicato patronal) a pauta de reivindicações dos trabalhadores. É, então, formada uma Comissão de N